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domingo, 2 de dezembro de 2018

Padronização


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De que adianta ser racional
e consumir  esta padronizada ração
(quase animal),
indigna da noção que se tem de nação
pátria mãe que alimenta a mente                                                        e não o corpo, com  decomposta   ilusão,                                        na eira e na beira de um precipício                                                       no qual a palavra cisma em ser libertária                                             da opressão que desvenda a artimanha do opressor,
(de pura vaidade e cinismo)                                                                 a testemunhar esse "feromonial" alento,                               arquivado em desejos e pensamentos,                                               agora nas  sombras, a exibir                                                                o quão disformes são os os conceitos e certezas                        
que acorrentam pensamentos, ordem e desordem.                        Que a palavra não seja apenas o  significado,                               mas que  esteja sempre presente nesta realidade                                tão repleta de ausências e de preconceitos.


                                                    J R Messias


Imagem da web/google

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Ilharga





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Numa noite fria,
escorregadia como pele de jacundá,
refestelo-me nesta suculenta preguiça,
no embalar de uma rede,
sonhando com o aroma
de uma fumegante xícara 
de ovos com chocolate,
batidos na ternura do coração,
lembranças grudadas na memória
que nem carrapicho, assim como
a lembrança dela,
tão bela quanto a flor de mururé,
e que nem a idade tirou-lhe o cio,
sob seus vestidos de organdi.
Quanto a mim, fico a queimar-me
no sol desta solidão,
no entardecer de uma vida apaixonada,
a burlar esta saudade,
por entre as marcas de nossas rugas
                                         e as dobras e rendas,                                          de seus vestidos de organdi.


                                    J R Messias

domingo, 18 de novembro de 2018

Maison

No aguçar de palavras e ideias,
desbotadas pela lapidação de nexos,
aos quais são submetidas,
trazem o desfigurar dos sentidos,
atônitos pela carência hormonal
de insights e pela abundância cósmica
de fragmentos pseudo culturais,
demandados pela endógena ruptura,
pretérita/realidade,
que dilapida sentidos, resultando
em um novo construto,
um incauto devaneio,
mas que é representativo dessa
"nouvelle culture", a se disseminar
como incurável metástase poética.


                                                J R Messias

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Extirpe


Frágil como o pulsar de um longínquo quasar, assim é o meu amor por ela, que trafega a anos luz, onde a esperança se desespera, a alegria se entristece  e a felicidade se oblitera.
Diagnostico neste agnóstico jeito de amar, as marcas de uma paixão lavrada na mentira e lapidada na hipocrisia dos gestos e palavras, numa ignomínia  rastejante, oculta nas frestas da obscuridade e nos orifícios da insanidade.
Abortar este abcesso, faz-se necessário, ante a metástase ameaçadora de um sentimento letárgico
para fazer da vida,
um ato litúrgico
e menos lisérgico.


J. R. Messias

Publicado, se não me engano, em 2015.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Orvalho


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Amanhece mais um dia,

morgado por uma incauta esperança

de uma busca quase insone

de uma paz que, burlesca, insiste

em contrariar meu renovado coração.

Entardeço neste apanágio de dor

de prenúncios e desilusões

vilipendiando momentos

que remetem a um despertar

para o estoico sentido da solidão.

Anoitece e as esperanças jazem agora, insepultas

na percepção onírica de meu exausto cansaço

onde, neste leito, busco o acalanto encontrar

e tua presença mágica desfrutar.

Nessa utopia diáfana de meu adormecer

entregando, ao acaso, meu confinado desejo

ao efêmero desejo de meu sono amanhecer

ao teu lado, minha vida, enternecer.


                                                                         


J. R. Messias

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Fotopoesia III



             Foto: Azulejos que enfeitam as poucas fachadas de casas seculares que existem em Belém do Pará, e que ainda resistem ao processo de destruição e "modernização" do ambiente urbano.



                                                                           J R Messias

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Gutter



Os rastros deixados,

sossobrados na poeira do tempo,
são hoje, escaras da alma,
atemporais sentimentos
lacerados pela desesperança
de um sonhar,
herança simbólica de 
rituais legados pelos teus dogmas,
catalizadores de uma fé excusa,
que no peito se acumula,
como se fosse a súmula
que simula uma catarse digna,
que o destino designa,
a consumação de uma paixão 
apócrifa, situada numa solidão
silenciosa e pérfida,
um abrasivo para o coração.


                                      J R Messias

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Poros


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Pelos interstícios da pele,
enrugada e úmida,
transpira uma paixão,
que ao meu corpo adere,
como se fosse sina ou promissão.

Por minha boca e lábios,
absorvo a tua, sedenta e faminta,
a pronunciar em voz rouca,
esta vontade, afobada e aflita,
manifesta no grito de teu orgasmo,
climax de uma fêmea infinita.

Minhas trêmulas mãos,
que tuas ancas agarram,
provocam a ereção fremente de meu falo,
um convite ardente a este regalo,
que nossos corpos se lançam,
estregues a esta heresia, 
de desejos, luxúria, e, por fim,
harmonia.


                                           J R Messias

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Ruiva


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Teu corpo,
maturado pelo tempo,
expressa em seu esguio 
delinear,
segredos  e promessas,
guardados no íntimo da alma
e nas fibras de um austero coração.
Teu corpo, que não é celestial, 
mas tem luz própria, 
detém uma luminosa aura
em constante ebulição,
a viajar por entre estrela e desejos
na busca do que mais lhe apetece,
um regalo, um carinho
ou até mesmo...um beijo, 
para que sua luz interior
resplandeça em seus cabelos, 
como  o escarlate sol do entardecer


                                        J R Messias

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Servil

No lamuriar da chuva
Resultado de imagem para servilque precipita, penitente,
esboço traços lacrimejados,
por esta desdita paixão,
que desnorteia o meu querer,
enclausurado nesta insofismável espera,
que transcorre no tempo e no espaço,
a adulterar sentimentos e 
replicar sofrimentos,
fragmentados pela clivagem 
do abandono, que transmuta
em preságio, as excentricidades 
amorosas guardadas no coração,
e muitas delas, abandonadas 
nos entroncamentos da solidão.

E depois tantas léguas percorridas
por entre desatinos e promessas,
umedecidas pelas lágrimas
já esgotadas de meu pranto, 
tu vens acabar com esta aridez, 
com tua língua corsária e adestrada,
que serpenteia  meu corpo a dentro,
a saborear o desespero sequioso e agônico
de um desejo que vilipendias e acorrentas 
aos  obsequiosos caprichos,
de teu indômito querer, 
a macerar, de amores, os meus.


                                             J R Messias

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Crisântemo

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Amor  frio,
em um coração  vazio,
onde as palavras percolam
pelo substrato da alma
tal qual um desejo,
vontade que se transmutou
nesta analgesia, uma agonia,
um querer sem poder,
um  amar, mas
de mãos vazias
um corpo sedento,
cedendo ao abandono,
a incúria de um fim
sonolento, descrente
e proscrito a dor e letargia.

                 J. R.  Messias 

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Fotopoesia II


Imóveis seculares, no centro da cidade de Belém, deixados ao tempo para deteriorarem e depois serem demolidas para por no lugar algum prédio "modernoso e funcional".


                                                                         J R Messias

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Prólogo


Na tentativa de visitar o passado,
percebi quão abruptas são suas encostas
e quantas escarpas, percalços e armadilhas,
exibe sob o denso manto brumado,
que oclusa a memória e mareja os olhos,
do tanto de saudades que marcadas ficaram
na alma e que chegam até nós em flash backs,
as vezes, como refluxos de uma azia
ou como um mormaço, um acalanto,
para um coração e alma vazias,
a driblarem as lacunas que na memória jaziam,
num retrospectivo esforço para guardar, lembrar
ou mesmo esquecer, o que um dia significou
o ápice de dor e agonia ou o píncaro 
de uma paixão que só saudades deixou.


                                           J R Messias

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Whisper

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És como um talismã,

que arranca o mau augúrio 

deste infausto e desencontrado amor,

com o qual, presenteaste-me 

no apanágio deste cinquentenário viver.



Por isso, deleito-me nesta paixão 

que subjaz em uma ternura secreta,

que queima, contínua e ocultamente,

nos escaninhos de meu coração,

codificada, de tal forma que só

tu decifras em meus gestos,

meu sorriso e em meu olhar. 







                   


          J R Messias

sábado, 25 de agosto de 2018

Legado



Talvez se houvesse pureza em meus versos,
talvez a beleza de uma redondilha
talvez precisão de um soneto,
teu coração incerto e não encontrado,
chegaria ao meu,  tão depauperado,
num ressoar dos sinos de qualquer abadia,
Que significasse um sentimento, esteio, ou suporte,
Para repousar esta vida vazia,
escondida por entre as letras para poder encontrar-te por entre os versos e quem sabe, numa rima qualquer capitular diante da estrofe mais precisa, curvar-me a inevitável sina de te amar
destino descrito em linhas ébrias
por tortuosos desejos solapados nesta indigência a qual legaste ao meu coração, traduzido nesta pródiga e siberiana solidão 



J R Messias

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Flores Urbanas I



 



Flores dispersas por jardins, canteiros e praças da cidade, redimensionam o conceito de natureza em um espaço onde o concreto, o cinza e o asfalto , predominam.

Tais criaturas, nascidas espontaneamente ou cultivadas em espaços públicos ou privados, trazem o frescor de uma natureza, as vezes tão rejeitada em nossas urbes e  harmonizam a beleza e  qualidade do meio ambiente .







                                                                           J R Messias



                 Fotos: J R Messias






   

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Sina e fim





Estive sempre distante de ti, mas, tua força erosiva e constante,
Tratou de diminuir esta distância, sem que nada pudesse fazer
Alcançou-me, envolveu-me e passou a consumir minha solidez,
meu substrato, enfraquecendo o que antes era firme e expondo
minha nudez, inescrupulosamente, e um dia chegará o momento
em que não resistirei ao teu poder, tua força e teu encanto e,
mesmo sabendo que será meu fim, jogarei-me em teu braços 
como um ato final  de entrega ao inevitável destino da natureza.



J R Messias



A inevitável e sistemática força das marés,
a promover o assoreamento das margens dos rios,
alargando-as e levando consigo, o que houver
pela seu caminho.


Foto: jrmessi

sábado, 11 de agosto de 2018

Mistic



Se a vida lhe parece estática

e te deixa assim, sorumbática,

faça uma orante genuflexão.

argumente o quão ela é errática

e numa ereção reflexiva e elástica,

descarte essa solidão pernóstica

que te deixa esquálida

e numa catarse psíquica,

ore para Bhagavad Gita,

e saiba que nada supera,

seja dor, decepção e desespero,

esse ente mágico que é a vida.



             J R Messias

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Sol e solidão




Sem teu olhar, severo e astuto
ou mesmo sem tua voz, sinfonia de uma paixão,
as manhãs ensolaradas, são fragmentos ilusórios,
ecossistema vazio, onde a minha saudade,
que me aparta de ti, torna-se a própria insalubridade
que a minha alma invade e inunda minhas esperanças 
de rancor, desterro e obscuridade.



J R Messias



Uma manhã ensolarada, na praça Batista Campos, 
em um domingo qualquer em Belém do Pará.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Ir's over

Caminhada longa,

realizei.

              Légua profana,

              percorri.

Solidão companheira,

convivi.

              Encontrar o amor,

              desisti.

Minha ternura em versos,

escrevi.

              Na procura ingrata,

              que escolhi.

No desprezo lacônico,

que ouvi.

              Na memória dessa paixão,

              que sofri.

A estrada, continuo 

a seguir.

              Expressar meu infortúnio, 

              assenti.

Contrariando a paixão,

decidi.

              Um outro amor procurar

              e ocultar-me de ti.



           J. R. Messias


sábado, 28 de julho de 2018

Tropel



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Destino, fragmentos de um desejo,
esperança de menino,
desbotado ficou,
encurralado por entre trincheiras,
no desdobrar dos pesadelos
e na dureza da realidade,
usurpando o doce das ilusões
e incutindo o fel pelos caminhos 
a ditar os passos para a conclusão
de uma vida, sonhada infinita
e hoje, aflita, onde, entre lágrimas e orações,
vislumbro o destino inclemente,
a exibir, insolente e traiçoeiro,
o meu destino e meu fim,



                                              J R Messias

terça-feira, 24 de julho de 2018

Água





Na dicotomia deste sentimento, 
busco pelos espaços traiçoeiros da paixão,
um alívio para os percalços
desta vida íntima e libertina que,
reticente nas emoções,
enfrenta a plenitude aflita
de um desejo insone,
que sangra, apaixonado
pelos recantos do coração,
que me faz derramar um pranto
que rega meu corpo disforme
de tanta saudade e solidão,
a esperar, pelas sombras da desilusão,
o aporte (corrosivo ou fúnebre, pouco importa),
de tua presença, para aplacar 
essa ânsia vivente, por tua serenidade,
e tua lira envolvente.





                                              J R Messias


quarta-feira, 18 de julho de 2018

Escrúpulo


    



                                  A rigidez de teus mamilos
sob a blusa,
esboçam contornos de um desejo
escondido no veneno
deste silêncio tenso,
que na exatidão do momento,
meus lábios buscam,
num açoite embriagado e úmido,
apossar-me deste carnal desejo,
de recorrente sofreguidão,
onde medo, ego e pecado,
tornam-se crua docilidade
dessa impulsividade emotiva, 
a transformar, beijos e abraços,
na pura conexão de nossos corpos,
no fascínio afetuoso de teu regaço.



                                            

                                            J  R  MESSIAS

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Aflicão

Nos soturnos labirintos

deste solano sentimento

encontro o refúgio

na luminosa frieza

de teu urbano olhar

atento, astuto,

como um bom presságio

das benzedeiras

que retiram todo o quebranto

e toda a inquietação

desta profusa forma de amar

e subitamente abortam

toda a ortodoxia

deste claustro onde,

aflito, carrego em minhas mãos,

ataúdes repletos

de dor e solidão,

libertando meu ser desta sina,

e preenchendo minha esperança,

de amor e compaixão.



       J. R. Messias