A sincronia entre teu cheiro e
teu sabor, leva-me a suspeita
da qual não amo uma mulher
mas sim a uma flor,
cuja suavidade e olor, obscurece meu apaixonado juízo ao acariciar a brancura de suas pétalas e o escarlate de suas sépalas sempre repletas de um orvalho onde minha boca e língua buscam a saciedade de uma fome ancestral e de uma sede a qual se esgota na fonte eflúvia que jorra de tuas vertentes abundante e cálidas como se fosse o amor dessa paixão sempre ardente e, embora eterna, sempre distante.
J R Messias
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