Procura-se entre ruas e avenidas, centro e periferia, o brilho do amor almejado e fantasiado, numa busca urbana, cigana e profana.
No centro, o vazio da solidão, urbanizada pela concretude de almas perdidas, abandonadas e a deriva na artificialidade deste espaço marcado por um egoísmo carente e pela insalubridade de sentimentos.
Na periferia, encontra-se multidões presas pela distância mesquinha, não apenas física mas também circunvizinha do abandono, centralizada na indiferença social e humana onde os amores nutrem-se do absenteísmo da esperança e da indiferença do olhar.
Diferentes realidades que refletem diferentes formas de amar a clivarem, no espaço urbano, a construção e a constituição de sentimentos ausentes, carentes e presentes.