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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ternura





Tento, com  minha poesia,
arranhar a crosta que recobre
teus sonhos e tua paixão
como uma carícia mundana
que aos poucos profana
o diáfano véu que que cobre a solidão.


                                 J. R. Messias

Fontes tuas


Quero teus lábios (todos eles),
úmidos, cálidos e abundantes,
para saciar a sede
de longos áridos anos.

Sutileza  anatômica,
esconde contornos, trejeitos
repletos, sincréticos e sagrados
conduzindo minha  busca.

Demanda  que subjaz  em meu ser
na promíscua curiosidade
de conhecer  esse desejado objeto
obsceno, solene, amado.


                                  J. R. Messias

Approuch

"Na perigosa curva dos cinquenta"
o destino emplacou a surpresa,
impactante, atordoante, feliz
em um coração recôndito e recluso.

Um arejar cordial da alma,
um aceno ao corpo,
alertando que a vida pulsa,
que o desejo exulta.

Uma provocação "pecaminosa",
irrefreada, desmedida, desmesurada,
com requintes de uma irresponsável loucura
e de uma sublime doçura.


                                        J. R. Messias

Primeiras águas


Um prelúdio entre o sim e o talvez
o desejo acalentado e calado na voz
mas não no coração e nos gestos

Timidamente busco espaços, caminhos
naquilo que, intrínseco e proibido, aquece
meu querer, nessa procura madura e prenhe

de símbolos e angústias pelo esperado desfrute
de teu corpo cálido, da maciez do teu carinho
e da languidez de teu abraço


                                    J. R. Messias

Eterna busca


Desdenhar-te, contrariar-te?
ilusão da mágoa
Buscar teu abraço, teu beijo,
doce submissão

Aquecer minha alma
que em trôpego caminhar
interpela teu ser, tua candura
tua firmeza afetuosa, adocicada
pelas premências do destino

que preenche os vazios de meu coração
com os sentidos da paixão
e com o sabor da tua sedução


                                J. R. Messias

Corpórea paixão


O sutil delinear de teus lábios
finos, planos, serenos
fonte de sorrisos e de segredos

Ser amado, platônico
síntese de um desejo acalentado
na simbiose do um hedonismo
hemorrágico.

Energia que pulsa, lateja,
escorre entre lábios e dentes
como uma volúpia cíclica
a assolar meu desejo.


                                    J. R. Messias

domingo, 26 de maio de 2013

Linhas cruzadas

Cruzar nossa vidas
entrelaçar nossos corpos
sorver cada pedaço do teu amado ser
Com a fúria de um predador
e a delicadeza de quem colhe uma flor.

Profanar teu corpo e alma
com minhas carícias e desejos
povoar o teu querer com a energia de um amor
invasivo na paixão
lascivo no desejo 
e onírico na sedução

Always blow my job








Tua boca, língua, lábios e saliva

deslizam na sincronia 

dessa fálica carícia


Nessa copulante e pulsante 
forma de amar
íntima e de sensações sedosas 


Carícia que me conduz

aos mais elevados sentidos
que essa  intimidade carinhosa traduz

Na maestria de teus movimentos,
no teu provocativo olhar,
a me levar  ao teu desejado intento.


                J. R. Messias

O teu olhar

Quantos segredos escondem os furtivos olhares trocados pelos caminhos de nossas vidas.
Olhar direto: intimidador e assustador para um tímido coração como o meu.
Olhar de soslaio: misterioso, excitante e infalível, desses que só nossas amadas mulheres sabem nos deleitar com essa sutil lateralidade visual.
Olhar a distância: esquadrinhador, fotográfico e analítico, 
capaz de "scanear" até o fundo de nossas almas, deixando em nossas retinas as dúvidas e incertezas (sempre bem vindas).
Olhar indiferente: para os tímidos, um alívio na agonia mas carregados de subjetividades .
Intimidadores, diretos, distante seja qual for, o olhar feminino brinda-nos todos os dias com a poesia, com o mistério e o desejo, combustíveis cotidianos que nutre e acarinha  nosso hétero amor.

                                                         J. R. Messias

Transubstanciação

Chuvas se vão
levando o inverno
trazendo o verão

Mais um ciclo, purificação,
erosão, lixiviação da terra
do corpo, da alma, renovação

Na languidez sugestiva dessa estação
corpo, carne, alma, carências
extrapolam os limites da sazonalidade amorosa

Tocam, lambem, beijam, abraçam
jorram desejos recônditos e reprimidos
de olhares cobiçados, cobiçosos e obscenos

Até que as chuvas voltem
trazendo o úmido inverno 
para aconchegar toda uma solidão.


                                  J. R. Messias

Amor a mais, demais.

Amar, amaro sentimento
doce sensação
ácida ilusão fugaz.

Busca esquálida e incerta
da tua outra  metade
do teu lânguido acolhimento.

Donde o destino sagaz
interpõe sonhos, luxúria
magia ou a solidão atroz.

Desejo sagrado e incensado
marcado nas fibras do coração
como um beijo prenhe de sofreguidão.

                              J. R. Messias