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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Latitude solidão.


Escasso tempo
Espaço desatento
Tramoias da vida
Armadilhas venais

Barreiras
aos sentimentos reais
Submissão a lógicas irracionais,
presentes, céleres.

Instrumentos do destino
interposições duo cordiais
percalços,
exercícios de  legitimação
da dor e do desejo da amar.


                       J.R. Messias

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Imagem



Castanhos suaves cabelos
na harmonia matizada
de teus intempestivos olhos

A delicadeza tênue  de teus lábios
fonte abundante de palavras, carícias,
irreveláveis.

A branca suavidade de tua tez,
no delinear de um corpo meândrico
como um rio, caudaloso como tuas                                                                                              sugestivas ancas.

Coxas, pernas e pés
a síntese basilar de um corpo
feminino, exposto, orgástico.



                                      J. R. Messias

Sabor

Lamber tuas palavras
teu gozo, tua língua
síntese atávica de uma ânsia atônita,
sonhada, esquiva

Saborear tuas sílabas
contrações pretéritas
de um desejo orgânico, profuso
que escoa, lascivo.

Deglutir teus signos
mistérios que decifro
na aquiescência  intrínseca
de teus segredos.

                                          J. R. Messias

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Quando o longe é Bem aqui.

"Felizes  os que não veem e acrerditam".  O amor e seus patamares, anteparos, arestas, fronteiras.  Para muitos, amar significa olho no olho, abraço, calor do outro, presença física, sólida, real, pois assim pode-se mensurar, calibrar, avaliar os sentimentos, as reações do outro, a expressão explícita a cada palavra, a cada toque ou a cada carinho.   É vero.   Estar frente a frente com o seu bem, te permite calcular a exata dimensão do teu amor, carinho, paixão e tesão pelo ser amado e desejado,  e vice versa, sem dúvida.
Mas quando esse amor, essa paixão, esse bem querer que te aquece o coração e te ilumina a vida encontra-se  milhas e milhas, quilômetros e quilômetros  de distância?
Como essa "medida amorosa" pode ser determinada, mensurada e acima de tudo, acreditada?  Como a virtualidade amorosa  é capaz de unir pessoas tão distantes  na forma de uma paixão ou de um amor desejado, aflito pela vontade de se tocarem,  de se acariciarem? Respostas a tantos questionamentos, são inúmeras:  algo "espiritual",
um "modismo" fruto das facilidades que as tecnologias de comunicação nos permite, ou, quem sabe, o adorável gosto pelo proibido, pela "quebra das convenções sociais".
Amar alguém nestas condições, mas amar mesmo, não se resume a simples conversas em msn ou remessas de torpedos apaixonados e açucarados.   As palavras tem coerência, tem energia, de nada adianta você mandar a mais empolgante mensagem de amor que encontrou em uma rede social, se ela é desprovida do sentimento da energia vital daqueles que amam e que colocam essa energia em cada gesto ou palavra dedicada a quem você ama.  Ela (e) sentirá aquele "arrepio" quando captar essa densa e mágica energia que une os amantes de verdade, seja qual for a distância que os separem.   Palavras sem energia, coerência e sem a carga erótica que só os que amam sabem dizer, é jogar conversa fora é a verbalização do vazio.
   
                                                                                                          J. R. Messias

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Demanda


Busco no labirinto do teu ser,
Como um fluxo das marés,
os momentos de tua lucidez herética
e de tua loucura abençoada

Busco na vivacidade de tua voz
o cintilar dos teus segredos
vividos, expostos, solenes,
segredados entre tímidos sorrisos
e o tonitruar de tuas risadas.

Busco na solidez do teu corpo,
o reflexo espelhado daquilo que,
submerso, brota, aflora, resplandece
do teu ser como uma vigorosa primavera.

                                 J. R. Messias


sábado, 9 de fevereiro de 2013

Folias carnavalescas

Carnaval, expressão profana de um período no qual as pessoas travestem suas vidas de forma exporem seus recônditos sentimentos, verdadeiros ou não.  Época onde uma certa "euforia" toma conta de quase todos,  expressão de uma certa "ditadura da felicidade", tal qual nas festa de Ano Novo, onde ficar  "na sua", é sinônimo de antipatia e de "estraga prazeres".  Não existe nada mais irritante pra mim do que ter que expressar sentimentos que soam vazios em meu coração.  Felicidade, alegria, regozijo, paixão, são sentimentos, pra mim, tão nobres, tão importantes e sublimes, que não podem ser submetidos a nenhuma  forma de imposição de ditadura ou regra social.  Gostar, amar, apaixonar-se ou até mesmo odiar, tem que ser e parecer autênticos.  Alguns diriam que tu podes "machucar alguém" com suas "duras" palavras ou com sua maneira de falar certas coisas... Não tenho dúvida de que isso procede, machuca e amofina, como o "adeus" injusto, vindo de quem se ama.  Mas a vida prossegue, na real e na virtual forma de se viver e amar e pra nossa sorte, não se restringem a apenas "três dias de folia e brincadeira".  Amém.
                                                                                   J. R. Messias

Paixão virtual



Qual o sentido de uma paixão virtual ?
A lei do mínimo esforço?
O fio da navalha entre a ordem e a desordem ?
Uma (re) configuração de uma nova forma de amar?

É o ficar a toa, na inspiração da paixão "malandra",
pra lá e pra cá.
Ideologia de um discurso, sentimento, dialogado,
monolítico, bifásico.
Acalentado na frieza da solidão, de uma insensível
virtualidade bipolar que aproxima e distancia,
quem se ama e quem se espera.

É a saudade e a ilusão de uma emoção,
preenchida por palavras, na sofreguidão dos desejos,
virtuais ? sim mas autênticos, essenciais e vitais.

                                           J.R. Messias

Imenso














Amar é transpor fronteiras, nunca demarcadas pelo coração.
É a busca do proibido, daquela fresta de luz que que te ilumina 
a libido.

Que te retira do limbo da solidão e te arremessa, igual náufrago
nas contundentes rochas da paixão.

Que cobre nossa solidão com o tênue véu do desejo
da sôfrega busca em corpo e alma dessa mágica tradução,
que chamamos de amor.

                                                  J.R. Messias